sábado, 2 de maio de 2015

ARTETERAPIA: Um encontro com a materialidade das imagens e dos objetos na prática clínica

Carl Gustav Jung


Assistimos desde o século XX a um grande acúmulo de conhecimento físico e tecnológico. Apesar dos bons frutos desse desenvolvimento científico, percebemos em paralelo uma fragmentação e um isolamento cada vez mais fortes do ser humano na relação consigo mesmo e com o mundo em que se encontra inserido. Como contribuir para a integração de partes da personalidade que normalmente são excluídas ao longo do processo cultural e educacional, de modo a resgatar aspectos fragmentados do psiquismo no sujeito contemporâneo?
Sabemos que a arte tem grande valor terapêutico, e a arteterapia, por sua vez, é uma disciplina baseada na concepção fundamental de que todo indivíduo tem uma capacidade inata para expressar seus conflitos interiores em formas e imagens visuais, auditivas, táteis, e poéticas, entre outras. Trata-se de uma modalidade de psicoterapia com recursos expressivos que estimula diferentes possibilidades de expressão ao longo do processo terapêutico para que o paciente possa estabelecer uma ponte entre seu mundo interno (subjetivo) e o mundo que o rodeia (objetivo). Isso porque a linguagem poética e expressiva permite ao indivíduo redescobrir a si-mesmo, e com tal descoberta, renovar-se na relação com o mundo.
O arteterapeuta pode trabalhar com diversos materiais das artes plásticas como por exemplo, papel, lápis, tintas, argila, carvão, e oferecer conhecimentos técnicos básicos para que o paciente possa lidar com esses materiais. Não é exigido do paciente talento artístico, pois o objetivo não é ensinar artes, no sentido usual, tampouco é emitido qualquer juízo crítico ou avaliação estética dos trabalhos criados pelo paciente. Qualquer pessoa pode tirar proveito desse processo: crianças, adolescentes, adultos, idosos, doentes mentais, dependentes químicos ou deficientes. Todos podem se beneficiar da possibilidade de se expressar de um modo livre, natural e intuitivo, exercendo o potencial humano da criatividade.
O paciente é levado pelo arteterapeuta a se soltar da maneira mais espontânea possível, rabiscando, colorindo, desenhando, modelando, enfim, criando imagens, poesia, música, de acordo com seus próprios recursos pessoais. Será por meio dessas atividades que poderá expressar seus sentimentos, pensamentos, emoções, atitudes, descobrindo aspectos seus que antes não estavam claros, reconhecendo-se no que saiu de si, e na materialidade dos elementos concretos colocados à sua disposição.
A arteterapia contribui, também, para a expressão verbal na psicoterapia. Comumente, o discurso dos pacientes no início do processo terapêutico encontra-se bloqueado para se referir às suas sensações, sentimentos, idéias e fantasias. Pelo uso da expressão criativa, o paciente começa a desenvolver a verbalização ao perceber o conteúdo afetivo associado às produções realizadas nas sessões terapêuticas. E desse modo, ao representar em imagens suas experiências subjetivas, seu discurso frequentemente se torna mais fluído, já que ele pode se expressar verbalmente com mais consciência sobre seu mundo psíquico.
A atividade expressiva, aliada ao trabalho de compreensão intelectual e emocional, facilita o encontro com as várias facetas da personalidade como um todo. Ao dar livre curso às imagens internas, o ser humano, ao mesmo tempo que as modela, transforma a si mesmo e ao mundo. (Texto baseado no livro "A arte cura?", 1995. Organizadora: Maria Margarida Carvalho).
            Nos vários textos dedicados por C.G. Jung ao tema "Psicoterapia", especialmente no volume 16 das obras completas, o autor ressalta a importância de deixar o paciente a sós, por assim dizer, com seu inconsciente, a fim de evitar uma intensificação da dependência em relação ao psicoterapeuta.
Para tanto, Jung enfatiza que o paciente deve ser estimulado a alcançar uma certa autonomia para lidar com as imagens do próprio inconsciente. Por isso a psicoterapia é proposta como um campo de experimentação, em que o paciente deve adotaruma postura ética frente às imagens do inconsciente, estabelecendo com elas um diálogo simétrico, de base fenomenológica, que se preocupa mais em perguntar "o que isso quer comigo" do que "o que isso quer dizer?".
Desse modo Jung propunha a expressão simbólica e o envolvimento ativo com a psique, inclusive sugerindo a seus pacientes que desenhassem, pintassem ou modelassem seus sonhos e outras fantasias. Nesse paradigma clínico, evidencia-se uma tentativa de des-centralizar o ego e promover uma experiência menos racional no contato com as figuras do inconsciente.
Quanto ao método psicoterapêutico da psicologia analítica, Jung retomou o sentido original do termo "dialética" para propor um "diálogo ou discussão entre duas pessoas, que ocupam posições simétricas no setting", sendo que dessa relação pode surgir um terceiro, ou síntese, que seria algo novo e diferente do que apenas a soma das partes. Desse modo, pode-se dizer que a psicoterapia junguiana se dá como "uma interação de sistemas psíquicos", modulada por múltiplas relações transferenciais e contratransferenciais.
Em relação ao terapeuta, Jung enfatiza uma postura especulativa, não-conceitual e não-interpretativa, pois supõe que o método diz respeito a um "confronto de averiguações mútuas", em que o terapeuta deve colocar em suspenso suas atribuições intelectuais e ativar, por assim dizer, o arquétipo curador no paciente. Por isso, a psicoterapia é sustentada numa perspectiva que leve o paciente a experienciar seus afetos e emoções, mais do que a nomeá-los ou interpretá-los racionalmente.
O terapeuta, então, se coloca numa postura de facilitador ou guia, que acompanha as sementes ou "germes criativos" da psique do paciente, ajudando-os a se desenvolverem, em oposição a uma postura médica tecnicista que visa apenas tratar e curar doenças. A própria noção de cura e doença é particular em sua psicologia, pois Jung vê na patologia uma tentativa inconsciente da psique se restabelecer, visto sua concepção teleológica ou finalista, que considera que o self tende a compensar ou complementar a atitude unilateral do ego.
Em seu livro de memórias, Jung (1963/1975) dedica um capítulo ao que chamou de "Confronto com o Inconsciente", onde narra algumas experiências vividas no período subseqüente à dissidência do movimento psicanalítico. Dentre essas experiências é digna de nota a descrição da "Imaginação Ativa", uma técnica que permitia a ativação de um jogo no campo da fantasia para que se desse um diálogo imaginativo com as figuras de seu inconsciente.
Jung reconhecia, com a técnica da imaginação ativa, que a abordagem às figuras da fantasia inconsciente devia ser orientada menos por seu significado conceitual e mais por seu aspecto relacional. Isto porque tais figuras imaginais não deveriam ser tomadas como representações de aspectos subjetivos da personalidade egóica, e sim como manifestações objetivas da psique inconsciente. A partir dessas experiências, ele adotou uma perspectiva fenomenológica em relação aos sonhos e a toda e qualquer produção inconsciente, afirmando que tais imagens não escondem, mas revelam, não representam, mas apresentam-se como alteridades à consciência.
Possivelmente, nenhuma outra clínica psicoterapêutica lance mão (literalmente) de tantos e tão diversificados recursos expressivos quanto a clínica junguiana. O que pode ser entendido como reflexo dessas considerações iniciais do período de auto-análise de Jung, estabelecidas por sua vez a partir de sua necessidade de dar às fantasias inconscientes uma expressão concreta por meio de pinturas e da modelagem (atualmente, este material pode ser consultado no Livro Vermelho, JUNG, 2010). Também por esta razão, poucas teorias se prestam tão adequada e profundamente a fundamentar a prática arteterapeutica quanto a psicologia analítica.

Santina Rodrigues (santinarodrigues@terra.com.br). Professora do IJEP



Bibliografia:
ANDRADE, Liomar Quinto de. Terapias Expressivas: Arte-Terapia, Arte-Educação, Terapia Artística. São Paulo: Vector, 2000.
ARCURI, Irene (org.). Arteterapia de corpo e alma. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. (Coleção Arteterapia)
BELLO, Susan. Pintando sua Alma: método de desenvolvimento da personalidade criativa. Brasília: Editora UNB, 1998.
CAMERON, Julia. Criatividade: a mina de ouro. 2ª. Edição. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
CARVALHO, Maria Margarida (coordenadora). A Arte Cura? Recursos Artísticos em Psicoterapia. São Paulo: Editorial Psy II, 1995.
CHIESA, Regina F. O diálogo com o barro: o encontro com o criativo. Coleção Arteterapia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
CIORNAI, Selma (org.). Percursos em arteterapia: arteterapia e educação, arteterapia e saúde. São Paulo: Summus Editorial, 2005.
COLI, Jorge. O que é Arte?. São Paulo: Ed. Braziliense, 2003.
FABIETTI, Deolinda M. C.. Arteterapia e envelhecimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. (Coleção Arteterapia)
FURTH, Gregg M. O mundo secreto dos desenhos: uma abordagem junguiana da cura pela arte. São Paulo: Paulus, 2004.
GOUVÊA, Álvaro de Pinheiro. Sol da Terra:  O Uso do Barro em Psicoterapia. São Paulo: Summus, 1989.
________________________. A Tridimensionalidade da Relação Analítica. São Paulo: Cultrix, 1999.
JUNG,C.G. A prática da psicoterapia. Rio de Janeiro: Vozes, 1988 (vol. 16).
JUNG, C.G. Símbolos da Transformação. Rio de Janeiro: Vozes, 1986 (vol. 5).
JUNG,C.G. A natureza da psique. Rio de Janeiro: Vozes, 1988 (vol. 8).
JUNG. C.G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964/1992.
JUNG, C.G & JAFFÉ, A. Confronto com o inconsciente. In: Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1963/1975.
JUNG, C.G. O livro vermelho: Liber Novus. Petrópolis: ed. Vozes, 2010.
RUBIN, Judith A. (editor). Approaches to Art Therapy - Theory & Technique, Second Edition. Sheridan Books, Ann Arbor, MI, 2001.
OLIVEIRA, Santina Rodrigues. Reflexões sobre a materialidade numa abordagem imagético-apresentativa: narrativa de um percurso teórico e prático à luz da psicologia analítica. Dissertação (mestrado) - Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006. (Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-15022007-220155/es.php)
SANTANNA, P.A. As imagens no contexto clínico de abordagem junguiana. Tese (Doutorado) - Universidade de S.Paulo. S.Paulo,  2001.



Fonte: http://www.ijep.com.br/index.php?sec=artigos&id=89&ref=arteterapia-um-encontro-com-a-materialidade-das-imagens-e-dos-objetos-na-pratica-cl%EDnica

PSICOSSOMÁTICA - O SENTIDO DO ADOECER

Pintura em tela- Violeta Parra/Chile

Psicossomática não deveria ser usada como um adjetivo para qualificar alguns tipos de doenças. Porque, para os estudiosos que abordam o ser humano de forma integral, psicossomática é um substantivo presente em toda forma de adoecimento, incluindo todos os tipos de sintomas físicos, mentais, relacionais, familiares, profissionais, sociais e espirituais. Por isso, pode-se afirmar com total segurança de que qualquer sintoma é uma espécie de secreção simbólica que, de forma violenta, viola o aparente equilíbrio do indivíduo para poder revelar, à sua consciência, os segredos secretos do seu amor ferido. Ou seja, o sintoma é um dos meios que a natureza psíquica utiliza para denunciar à consciência egóica de que o indivíduo está cindido, desintegrado, separado ou dividido neuroticamente.
Nessa premissa, quando surge qualquer tipo de sintoma, ates de eliminá-lo, devemos transformá-lo em um guia para o autoconhecimento, para evitarmos seu reaparecimento recorrente ou o surgimento de novos sintomas mais graves e mórbidos. Porém, em função da nossa sociedade estar cada vez mais fascinada e, consequentemente, dominada pelo racionalismo científico, que pretende normatizar tudo para manter a normalidade estática de tudo, e pelo capitalismo neoliberal, que transforma tudo em negócio, objetivando lucro, acúmulo e poder excludente, compreender psicossomaticamente os sintomas acaba sendo muito ruim, pois irá expor toda doença nossa contemporânea, denunciando o quanto que o normal está distante do natural, que é dinâmico e evolutivo.
Intimamente sabemos que a natureza não pode ser controlada por muito tempo, e ao nos tornarmos mais flexíveis, abrindo mão da ilusão do controle, diminuirão a exuberância das crises e do descontrole e, com isso, relativizaremos as normas. Portanto, os sintomas e as crises. Mas, quando surgem as crises e seus sintomas, é necessário fazermos uma boa anamnese, equivalente a recordar - relembrar ou rememorar as emoções - que estão associadas a cada sintoma, incluindo a análise simbólica do órgão, do sistema, da função ou do tecido doente, e as consequências deste sintoma, tanto no que o indivíduo deixou de fazer, quanto no que ele passou a fazer, além de uma enorme gama de análises que podem surgir, contribuindo para que a ferida secreta venha à tona.
Com isso, nossas mágoas podem ser choradas para evitarmos que outros olhos ou pessoas as chorem por nós. Assim como os ressentimentos, os sentimen-tos de culpa, inferioridade, abandono, desejos de vingança, ansiedade ou medo, podem ser reconhecidos, ressignificados e superados. Só assim a pessoa poderá envelhecer com bom humor, condição essencial para que o sistema imunológico atue eficientemente, pois está comprovado que ele reage imediatamente a qualquer tipo de situação onde esses aspectos negativos estão atuantes no psiquismo do indivíduo, deixando de ser funcional, chegando até a se voltar contra o próprio orga-nismo, como é o caso das doenças autoimunes.
Nossa imunovigilancia é absolutamente capaz de nos deixar protegidos de qualquer agende antigênico - de genética diferente da nossa - eliminando eficazmente qualquer tipo de vírus, bactéria, fungo e até vermes nocivos. Além disso, o sistema imunológico também tem competência de localizar e eliminar toda célula aberrante que surge em decorrência do contínuo e natural processo de renovação celular, onde a cada dia morre (por apoptose ou necrose) e nasce (por repasse mitótico) cerca de um 1trilhão (principalmente, em tecidos epiteliais e conjuntivos, responsáveis pelos revestimentos e pela sustentação do corpo), das 100 trilhões de células que possuímos.  Sem esquecermos que temos dez vezes mais microrganismos do que células, pertencentes a centenas de espécies, vivendo simbioticamente em nosso organismo, também regulados pelo sistema imunológico que, por sua vez, é absolutamente sensível às influencias negativas do humor.
Essas considerações servem para mostrar a magnitude e a importância do conhecimento e da prática da psicossomática no âmbito da saúde. Por tudo isto o profissional de saúde, independente da sua área de atuação, especialização ou formação, deveria estar consciente dessas implicações para poder atuar, o melhor possível, diante de todas as queixas trazidas por seus clientes, evitando a simples supressão sem o bônus do autoconhecimento, advindo da ampliação simbólica do mesmo. Além de adquirir a flexibilidade do relacionamento humano e a capacidade de doação, onde os critérios técnicos são substituídos pela força da ligação afetiva em busca da cura, que equivale à integração dos opostos por meio do autoconhecimento, onde o natural pode se expressar livremente no normal ou, infelizmente, na atual normose coletiva.


*WALDEMAR MAGALDI FILHO. Psicólogo, especialista em Psicologia Junguiana, Psicossomática e Homeopatia. Mestre e doutor em Ciências da Religião. Autor do livro: "Dinheiro, Saúde e Sagrado", coordenador dos cursos de especialização em Psicologia Junguiana, Psicossomática, DAC - Dependências, abusos e compulsões, Arteterapia e Expressões Criativas do IJEP (www.ijep.com.br) em parceria com a FACIS. wmagaldi@gmail.com



domingo, 29 de março de 2015

A Arteterapia e a música

A arteterapia e as técnicas expressivas, no caso, a música, para externalizar os sentimentos e as emoções...


"A CANÇÃO COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL"






or Michelle de Melo Ferreira
Musicoterapeuta graduada no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU
Quem canta seus males espanta...é uma das muitas verdades ditas nas frases populares. Afinal, a voz é a expressão sonora da nossa personalidade e é um dos recursos mais poderosos do ego (SCOTT, 1978) e cantar desperta os sentimentos mais profundos do ser humano em que muitas vezes a palavra não é capaz de expressar. Katsh e Merle-Fishman (1985) já dizia que enquanto cantamos não nos expressamos através de um instrumento; nós nos tornamos o instrumento.
O canto utilizado como recurso terapêutico em terapias não verbais (como a musicoterapia, por exemplo) visa encontrar e desenvolver conteúdos internos do indivíduo e trazer novas ressignificações a ela assim como melhorar a autoimagem, autoconfiança, autoexpressão e criatividade. Também possui um papel fundamental em resgatar memórias e emoções suprimidas e promover uma integração e fortalecimento do self.

Fonte: http://www.redehumanizasus.net/89163-a-cancao-como-recurso-terapeutico-na-promocao-da-saude-mental

sexta-feira, 27 de março de 2015

O abuso infantil e a Arteterapia




Como a Arteterapia pode ajudar no tratamento de crianças que foram abusadas de alguma forma, seja, sexualmente, verbalmente, etc.?





Fonte: http://www.ovelhasvoadoras.com.br/2013/09/desenhos-de-criancas-retratando-o-abuso-que-sofreram.html?m=1

quinta-feira, 26 de março de 2015

30 FILMES PARA ENTENDER A HISTÓRIA DA ARTE



"A arte e nada mais que a arte! Ela é a grande possibilitadora da vida, a grande aliciadora da vida, o grande estimulante da vida." (Friedrich Nietzsche)



Fonte: http://lounge.obviousmag.org/bienvenida/2015/02/30-filmes-para-entender-a-historia-da-arte.html

quarta-feira, 25 de março de 2015

Imersão na Casa das Palmeiras-RJ

Quanto senti a presença dela (Nise da Silveira) aqui na Casa das Palmeiras, em Botafogo/RJ. Em cada canto, filosofia, metodologia de trabalho com os pacientes, trabalhos feitos por eles, nos livros 

..A casa dela feita à maneira dela... 

Quanta vontade de nem sair daqui...imersão total ontem e hoje na "Emoção de lidar "...um verdadeiro "Afeto Catalisador".