Autor: Gabriela Monteiro do Amaral Prado | Publicado na Edição de: Junho de 2014
Resumo: O presente estudo tem como objetivo pesquisar sobre os benefícios
da utilização dos recursos expressivos na recuperação de crianças
hospitalizadas. A hospitalização é uma experiência estressante, que envolve
profunda adaptação da criança às diversas mudanças que ocorrem no seu dia a
dia, além de ser uma situação permeada pela elaboração de perdas e lutos,
tratamentos invasivos e agressivos. Quando a criança está hospitalizada, é
impedida de continuar sua rotina diária e frequentar ambientes estimuladores.
Dessa forma, a arteterapia pode ser um facilitador em levar a criança a aderir
melhor ao tratamento, adaptar-se as rotinas hospitalares, estimular o seu
desenvolvimento saudável e favorecer o equilíbrio emocional, conseguindo assim,
amenizar os efeitos negativos causados pela internação e pela doença.
Conclui-se então, que a arteterapia constitui-se em um meio de canalizar de
maneira positiva, as variáveis do desenvolvimento da criança hospitalizada e
neutralizar os fatores de ordem afetiva que, naturalmente, surgem, além de
expor potenciais mais saudáveis da criança, por vezes pouco estimulados no
contexto da hospitalização
Palavras-chave:Terapia pela arte,
criança hospitalizada, comportamento infantil, arteterapia, psicologia
hospitalar.
1. Introdução
Existe uma
infinidade de definições sobre a arte. Na visão dos filósofos, Platão vê a arte
como esplendor do verdadeiro. Já Aristóteles a considera como a ordem e a
harmonia das partes e para Leibniz a arte é perfeição (FRANÇANI ET AL 1998)
Segundo
Valladares (2008) a arte é inerente ao ser humano e é um meio de expressão,
comunicação e de linguagem.
A arte não
se restringe apenas a museus e galerias, ela está presente no nosso cotidiano e
o artista não é somente aquele que se apresenta nos palcos. O artista é
caracterizado pela capacidade de criar, trabalhar e realizar ações e obras que
agradem seus sentidos e os dos outros. Na criança, a arte é encontrada de forma
inata e espontânea e geralmente se manifesta em suas brincadeiras. Muitos
pesquisadores já comprovaram a importância do brincar para o desenvolvimento
saudável da criança. Eles destacam que o brincar ajuda no desenvolvimento
sensório motor, intelectual, no processo de socialização, no aperfeiçoamento da
criatividade e auto-consciencia (FRANÇANI ET AL 1998)
Freud já
reconhecia a arte como projeção do inconsciente e fruto de um mecanismo através
do qual os impulsos sexuais reprimidos, por não serem aceitos, são desviados
por uma meta alternativa de satisfação, socialmente aceita, pelo mecanismo de
sublimação. Dessa forma, a arteterapia pode ser um facilitador no processo de
compreensão e resolução de estados afetivos conflituosos ao permitir a criação
da arte, ou seja, por meio dela o sujeito entraria em contato com os seus
símbolos a serem compreendidos e transformados. Portanto, a arte tem uma função
psíquica natural com papel estruturante (BILBÃO, 2005)
Ao longo do
meu aprimoramento profissional fiquei muito admirada com o trabalho da
psicologia, enfermagem, doutores da alegria e contadores de histórias. Na
enfermaria de Pediatria pude ver na prática como os recursos da ludoterapia e
das técnicas expressivas auxiliam as crianças a elaborarem suas angústias e
medos, a importância de ter espaços para expressão das emoções e também como o
humor motiva as crianças aderirem melhor ao tratamento. Vivenciei na prática
como todos esses recursos colaboram para o tratamento das crianças além de
fazer com que o ambiente se torne mais acolhedor. Percebi que o brincar e o
expressar-se através da pintura, desenho, dramatização entre outros, são
técnicas valiosas para adentrar no mundo intrapsíquico das crianças, ajudando-a
na elaboração de seus temores e conflitos. Durante a pesquisa percebi a
relevância de que os profissionais de saúde conheçam e utilizem a arteterapia
como instrumento de acesso ao psíquico.
2. Objetivo
Pesquisar
sobre os benefícios da utilização dos recursos expressivos na recuperação de
crianças hospitalizadas.
3. Metodologia
De acordo
com Gil (2009, p. 44), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
material já elaborado, ou seja, livros e artigos científicos trata-se de um
levantamento bibliográfico e para isto foram utilizados artigos científicos e
livros. Foi consultado o acervo da Biblioteca do Hospital Santa Marcelina, o
acervo particular da autora e os artigos científicos foram encontrados na base
de dados Scielo no período de 2005 à 2010 e com os seguintes descritores:
arteterapia, saúde mental e criança hospitalizada.
O restante deste trabalho está no link: Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/arteterapia-com-criancas-hospitalizadas
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