quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Um pouco da vida da Nise da Silveira (psiquiatra brasileira)

Nascida em Maceió, Estado de Alagoas, em 1905.
Formada em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1926.
Concurso para Médica Psiquiatra da antiga Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental em 1933.
Afastada do Serviço Público de 1936 a 1944 por motivos políticos. Readmitida ao Serviço Público, é designada em 17 de abril de 1944 para ter exercício no Centro Psiquiátrico Nacional (atual Instituto Municipal Nise da Silveira).
Em 1946 fundou a Seção de Terapêutica Ocupacional no antigo Centro Psiquiátrico Nacional e, em 20 de maio de 1952, foi inaugurado o Museu de Imagens do Inconsciente, numa pequena sala. 1952, inaugurou o Museu de Imagens do Inconsciente de onde teve origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional, organizada por Nise da Silveira em 1946, no Centro Psiquiátrico Pedro II. Aconteceu que a produção desses ateliês foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico e utilidade no tratamento psiquiátrico que pintura e modelagem assumiram posição peculiar.
Daí nasceu a ideia de organizar o Museu para reunir as obras criadas nesses setores de atividade, a fim de oferecer ao pesquisador condições para o estudo de imagens e símbolos e para o acompanhamento da evolução de casos clínicos através da produção plástica espontânea. 
Passou a tratar os esquizofrênicos com sessões de pintura. Ela dirigiu esse setor do Centro Psiquiátrico por quase 30 anos, até 1974.
Em 1956, fundou a Casa das Palmeiras, clínica destinada ao tratamento em regime aberto de pacientes antes internados em hospitais psiquiátricos.
Nise nasceu em Maceió (AL) em 1905, filha de um professor e de uma pianista. Formou-se em medicina em 1926, na Bahia. Dizia que abominava o tratamento tradicional aos pacientes psiquiátricos, como eletrochoques, aplicação de insulina e lobotomia. "Eram práticas que associei à tortura policial", declarou.

Era seguidora do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), introdutor da noção de inconsciente coletivo. Nise conheceu pessoalmente Jung em 1957.

Além da psiquiatria e da filosofia, outra paixão de Nise eram os animais em geral e os gatos em particular. Ela teve muitos e já dedicou até um livro a um deles.


Uma de suas grandes paixões: os gatos.

MEMÓRIA

Fundadora do Museu do Inconsciente morreu sábado


Pacientes acompanham enterro da psiquiatra Nise da Silveira


Cerca de 70 pessoas acompanharam ontem, às 15h, o enterro da psiquiatra Nise Magalhães da Silveira, 94, no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio.

A psiquiatra morreu sábado, devido a insuficiência respiratória, após 40 dias de internação no hospital Miguel Couto.

O enterro reuniu amigos, parentes, admiradores, médicos e "clientes", como Nise chamava os portadores de doença mental, área à qual ela dedicou sua vida profissional, tornando-se conhecida por pesquisar e empregar novos métodos na psiquiatria.

Nise fundou em 1952 o Museu de Imagens do Inconsciente, instituição de pesquisa sobre o uso das artes plásticas no tratamento psiquiátrico. Quatro anos depois, criou com um grupo de pesquisadores a Casa das Palmeiras, que atua junto a pessoas que já tenham passado por hospitais para doentes mentais, no sentido de evitar a reinternação.

Franklin Chang, o atual presidente da Casa das Palmeiras, esteve no velório. Ele destacou o trabalho inovador de Nise ao criar uma instituição em que os doentes mentais não sofrem restrições para se relacionar com a sociedade. Na Casa das Palmeiras, segundo Chang, "os clientes são livres. Vão quando querem, escolhem as atividades de que querem participar e decidem quando parar. Nise acredita que eles têm forças auto-curativas. Se dermos a eles a oportunidade, instintivamente vão buscar o seu caminho de cura".

O diretor do Museu de Imagens do Inconsciente, Luis Carlos Mello, afirmou que criará no museu um "memorial" para Nise. Será uma sala com manuscritos da psiquiatra, suas correspondências com cientistas de todo o mundo e objetos pessoais.
Nise da Silveira "teve uma morte digna", segundo Franklin Chang. Nos últimos anos, já com a saúde debilitada, ela se deslocava em cadeira de rodas.
Entre os dias 16 e 20 de setembro, ela ficou internada no hospital Samaritano, onde sofreu uma cirurgia num dos ombros, por causa de uma queda em sua casa. Do Samaritano foi transferida para o hospital Miguel Couto, onde era tratada de uma pneumonia.
Nise foi idealizadora, entre os anos 40 e 50, de uma terapia alternativa para pacientes com distúrbios mentais. Ela propôs arte em vez de choque elétrico, e o resultado da ousadia para a época teve repercussão internacional.
Em 1946, criou a seção de terapêutica ocupacional do Centro Psiquiátrico D. Pedro 2º, no Rio. Passou a tratar os esquizofrênicos com sessões de pintura, que traziam imagens do inconsciente.
Nise nasceu em Maceió (AL) em 1905. Era seguidora da linha de trabalho do psiquiatra suíço Carl Jung (1875-1961), introdutor da noção de inconsciente coletivo. Esse inconsciente seria o acúmulo das experiências milenares da humanidade, partilhadas por todos os seres humanos individualmente. Nise conheceu pessoalmente Jung em 1957.


Fonte:

Reportagem da morte de Nise: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0111199920.htm





Ateliê do Instituto Nise da Silveira/RJ
Exposição no Museu das Imagens do inconsciente.




Nise e um de seus pacientes

Nise e Jung




Fonte: http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/

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