sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A FLOR DA PELE: PIGMENTOS PARA COLORIR CORPO E ALMA




Autora: MÁRCIA REGINA COSTA LIMA
Rio de Janeiro, 2013

Todos os indivíduos têm seu “locus adoecedor”. 
As doenças são formas simbólicas que se desenham no corpo e podem propiciar um redirecionamento do caminho em busca do autoconhecimento. 
Nas doenças autoiunes, o próprio corpo cria defesas contra si mesmo. No caso das doenças da pele, este processo torna-se ainda mais sofrido devido à exposição dessas feridas à flor da pele, expondo o indivíduo à rejeição e, muitas vezes, à segregação pelos incômodos à sua sensibilidade e pelos aspectos estéticos.
O corpo reage quando não se sente compreendido e integrado à vida psíquica. Quando as emoções, mal elaboradas, trazem para ele os gritos da alma, acontece a chamada doença psicossomática. 
É necessário distinguir os fatores que envolvem o adoecimento psicossomático e o autoimune, que, grosso modo, é quando o sistema imunológico em desequilíbrio combate as células indiferenciadamente, ou seja, ele ataca tanto as células sãs como as malsãs. 
Conhecer alguns processos de desconexão entre corpo e alma que geram as doenças psicossomáticas e autoimunes é de fundamental importância para a compreensão do adoecimento dessas pessoas.
Este trabalho objetivou verificar como as estratégias expressivas utilizadas no processo arteterapêutico que podem fortalecer núcleos de saúde em mulheres com doenças autoimunes associadas à pele.
Procura responder como a arteterapia pode auxiliar a entender alguns aspectos que levam ao adoecimento de mulheres com doenças autoimunes associadas à pele e como as estratégias expressivas, no processo arteterapêutico, podem ativar núcleos saudáveis dessas mulheres.
O estudo foi desenvolvido de acordo com os pressupostos metodológicos de modelos bibliográficos de pesquisa. Mesmo não se tratando de estudo de caso, considerou-se relevante apresentar vivências em que o tema da monografia foi desenvolvido, a título de ilustração e procurou-se compreender alguns aspectos simbólicos envolvidos neste tipo de adoecimento sob a perspectiva da Psicologia Analítica com base junguiana..
O primeiro capítulo versa sobre as doenças psicossomáticas e autoimunes abordando os fatores desencadeantes como o estresse, as disfunções psíquicas e sentimentos reprimidos. E como no corpo se dá esse processo de adoecimento através dos hormônios e anticorpos, com destaque para alguns aspectos da abordagem médica e da Psicologia Analítica.
O segundo capítulo apresenta um estudo sobre a pele, sua função, sua estrutura associada ao sentimento, a sensação e a memória. Apresentará, também, a pele como palco e elemento simbólico de vidas não vividas, sentimentos que brotam à flor da pele. Através das teorias pesquisadas procurará traçar o perfil das doenças de pele apresentadas pelo grupo: Dermatopolimiosite, Psoríase e Vitiligo, seus sintomas físicos e características psicológicas.
O terceiro capítulo fala sobre a Arteterapia, os conceitos junguianos que embasam o processo arteterapêutico utilizado no grupo estudado. Será apresentada um pouco sobre a história da Arteterapia, suas principais contribuições, técnicas e materiais. Nos conceitos junguianos foi proposta uma visão geral sobre alguns marcos teóricos necessários para o entendimento sobre aspectos simbólicos das doenças autoimunes de um modo geral, e das doenças de pele, especificamente.
O quarto capítulo trará alguns aspectos do universo feminino, público alvo dessa pesquisa, suas teorias arquetípicas, culturais e psicológicas, que buscarão elucidar algumas das problemáticas vivenciadas por essas mulheres que, em algum momento de suas vidas, se distanciaram do seu elemento de auto sustentação psíquica. E como o processo arteterapêutico pôde trazê-las de volta a essa vivência tão rica e nutridora. Apresenta, assim, alguns aspectos da casuística, ilustrando a utilização da arteterapia com suas respectivas vivências em um grupo de mulheres.
Finalmente, no último capítulo, será avaliado todo o percurso deste trabalho, sinalizando procedimentos, reavaliando trajetórias, analisando os efeitos da arteterapia no processo de autoconhecimento, e sua função como agente impulsionador na ativação de núcleos de saúde das mulheres com doenças autoimunes associadas à pele.

O restante deste trabalho está no link abaixo.

Fonte: http://arteterapia.org.br/v2/pdfs/aflordapelepigmentosparacolorircorpoealma.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário